terça-feira, 8 de outubro de 2013

vou

eu já me sentia escorrendo aos poucos não era de hoje, e pra lugares que sei menos... mais distantes do que a terra do sol e dos cheiros.
pra lugares nada familiares (olhares novos que hão de nascer em mim)

agora parece mesmo que vou.
(parece mesmo que vôo.)

vai saber. mas já olho meu redores com adeuses secretos... e pego-me desapegando-me de tudo o que vai passar. e já doi. já é tarde demais, e o momento é agora. não entendo (mas vôo).

(daquela casa que não sei de que modo me quer nem porque me recebe: só o amor aos santos me fará passar por isso mais algumas vezes. olhar sem nojo a face da maldade e me fortalecer, até encontrar um lugar com alguma paz: o perdão da distância.)

e das coisas que importam - que não encontram-se vivas em cada lugar e instante do mundo... vó e vô me esperem, que ainda não é hora de virar tudo saudade. pai, mãe, não posso pedir que me esperem... que ainda não é hora de virar tudo saudade... mas vou!

inês.

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