quinta-feira, 29 de maio de 2014

cheiro

espero e espero
e eis que escorre (viscosa e enegrecida) a liberdade
(de sonhos mais adiante, quem sabe amor).
posso e quero exercitar minhas palavras; não dou murros em ponta de faca, não dou bola pra atos-falhos vazios da elegância de escutas ao porvir. dou empurrões, talvez, ou quem sabe quase isso, naquilo... que também não é bem faca, cuja existência vale celebrar com o esmero de buscar um nome provisório, pois sempre poesia.
(quando estou menos preparada ele vem igual a mim ou igual ao que eu era, diferente em tudo, mas encruzilhada de campos-minados-de-bênçãos e de infinitos encontros com aquelas faltas sem fundo, as misteriosas solidões do mundo, a coisa que não desce, o balão que não estoura, a semente que não brota, amor preso num sonho esquecido)
mas escorre, com ainda mais intenso calor, e pra dentro, e sobe, fumaça.

inês, viva.

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