terça-feira, 29 de outubro de 2013

jeito: mente

seduz
mente
usa
mente
troca
silêncio.

canalhice
silêncio.

é só seu jeito, tenho mais é que entender que as pessoas são diferentes...

inês, cujo coração vai explodir, literalmente.
(e você, cínico, preocupado com meu cigarro)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

mortalha do amor

um dia nasce, assim... tão bonito...
e sem saber tá ferindo a gente!
não suporto mais me fazer mal, não suporto mais me afastar, não suporto mais não entender!
no entanto suporto...
como pode esse tal coração doer de verdade?
como pode de repente um tanto de soluço engasgado, um dia inteiro e depois uma noite inteira e depois mais um dia inteiro - dourado, primavera - com esse aperto terrível no peito?
como pode essa tristeza? num dia desse, como pode?
o tempo passa, e eu continuo pior. eu acho que eu melhorei, mas continuo pior. é tudo triste, embora seja mesmo lindo como eu sempre soube que era.
eu sei que tá errado, mas nada agora faz sentido.

inês, ferida de mortal tristeza.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

vou

eu já me sentia escorrendo aos poucos não era de hoje, e pra lugares que sei menos... mais distantes do que a terra do sol e dos cheiros.
pra lugares nada familiares (olhares novos que hão de nascer em mim)

agora parece mesmo que vou.
(parece mesmo que vôo.)

vai saber. mas já olho meu redores com adeuses secretos... e pego-me desapegando-me de tudo o que vai passar. e já doi. já é tarde demais, e o momento é agora. não entendo (mas vôo).

(daquela casa que não sei de que modo me quer nem porque me recebe: só o amor aos santos me fará passar por isso mais algumas vezes. olhar sem nojo a face da maldade e me fortalecer, até encontrar um lugar com alguma paz: o perdão da distância.)

e das coisas que importam - que não encontram-se vivas em cada lugar e instante do mundo... vó e vô me esperem, que ainda não é hora de virar tudo saudade. pai, mãe, não posso pedir que me esperem... que ainda não é hora de virar tudo saudade... mas vou!

inês.

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