as coisas não se separam, elas se
desdobram: expandem-se, escondem-se, não faltam, mas sobram. em todo
silêncio há sopro, em todo ruído há força. os Outros caçam-se e cantam-se,
dançam até que hoje seja ontem, até que esta noite seja (a)manhã. entramos,
divíduos, no mundo das luzes (pensando serem sombras o que o olhar externo não
vê). abrimos o corpo ao fecharmos os olhos, abrimos os poros cantando com fé. o
Outro é o que nos alimenta, o Outro alimentamos. nossa fome é do Tudo, aquele
que está em cada. a cada dia, cada passagem permanente. não temos lugar, somos
o lugar infinito de todos os tempos, mundos simultâneos de agora e sempre.
inês.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
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