terça-feira, 26 de junho de 2012

cratera

o olhar da minha mãe uma ferida que nunca estanca aberta insistente doída o suspiro do meu pai quanto lamento quanta distância e desespero o inevitável fim cada vez mais próximo, e a infância lá looonge... com carinhos surpresas e ideias novas planos sonhos delicadezas...
quero uma pele novinha quero tapar buracos curar essas doenças estranhas quero que ninguém chore mais por mim esse monstro de ansiedade e ódio em que me transformei.

a velhice é triste.

inês.

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